Aguardam-se as propostas para os diversos setores, caso do agroflorestal cada vez com menor relevância política e menor atenção na área governativa. Contudo, este setor representa 20% das exportações de bens nacionais, tem integrado tecnologias avançadas e soluções inovadoras na gestão de recursos e com ambições para a sustentabilidade e coesão social do país.
Maior ambição passa por uma nova organização desta área no Governo, articulando a agricultura, florestas e desenvolvimento rural com o desenvolvimento regional, com uma perspetiva territorial e integrada. Passa, também, por melhorar a eficiência de funcionamento, no acesso aos serviços e a desmaterialização de procedimentos, traduzida na criação de um balcão verde associado a um Simplex para os agentes do setor.
No contexto global e nacional desafiante, exige-se igualmente maior ambição no apoio à transição para um modelo mais sustentável, assente na descarbonização e no sequestro de carbono, na eficiência energética, no melhor uso da água, e na melhor gestão e conservação do solo.
Este impulso deve ser pautado por um desígnio transformador do setor, reforçando a sua ligação aos objetivos do desenvolvimento sustentável e da transição digital e climática, pugnando por uma agricultura verde, inovadora e de elevado valor acrescentado.
Exige o investimento num sistema de conhecimento e inovação funcional, propício ao desenvolvimento e adoção de tecnologias (digitais e outras) nos processos produtivos e de novos modelos organizacionais e em mais internacionalização.
O país precisa de um ecossistema agroalimentar coeso e socialmente inclusivo, ambientalmente sustentável, socialmente equilibrado, economicamente competitivo e inovador, com uma governação próxima dos utilizadores.