Não é assim que se vota, isto é, só alguns poderão exercer o seu direito de voto e outros não, uma vez que os boletins de voto não chegam atempadamente aos eleitores como também não chegam à assembleia geral de apuramento dentro do prazo estabelecido por lei.

O voto eletrónico tão apregoado pelos sátrapas do poder é apenas uma quimera, nada está sendo tratado e, pior, caiu em deslembrança.

Persiste uma ideia inexata de que o Governo e em particular o partido governamental são proprietários do país e que sozinhos podem, querem e determinam as decisões nacionais, narrativas e trajetórias de uma forma encapotada de despotismo, o que é condenável e antidemocrático.

É essa a governação que não queremos, um (des) governo, como o atual, como por exemplo, entre outras coisas mudar pela calada o logotipo da República Portuguesa, assim como a atribuição de uma verba para reabilitação de um museu numa ex-província ultramarina que ascendeu há quase cinquenta anos à independência, atribuiu pelo método às escondidas uma verba de trinta oito milhões de euros entristeceu e revoltou a alma de muitos portugueses, constituindo assim um forte indicativo de má governação para além da traição vil à memória daqueles que tombaram para sempre no campo de batalha. Uma provocação intencional.

As artimanhas dispersivas e discriminatórias de líderes dos principais partidos com comentários defendendo as suas ideologias com acusações neuróticas tecidas uns aos outros, são profundamente divisivas, fastientas e repelentes, usualmente, desconetadas da realidade, tornando-se embaraçosas e revoltantes para os portugueses, incluindo a Diáspora.

A arte de prestidigitação está inculcada nos líderes partidários de forma tal que não deixando de ter um papel importante na captação de votos iludindo mesmo os mais insatisfeitos que para além de causarem receios, causam dificuldades na escolha.

Rejeitar um governo, seja qual for, de que com a atitude de ‘politicamente correto’ promova a imigração ilegal e descontrolada, fazendo perigar a segurança de pessoas e bens dos seus cidadãos, alojando dentro das suas fronteiras gentes com sentido de desprendimento, abusadoras, por vezes violentas e potenciais criminosos.

O desenrolar destes trágicos episódios é uma preocupação tatuada nas mentes e corações de muitos eleitores portugueses que classificam como de tragédia-crime e se não for descontinuada, estão convencidos, que nos tempos vindouros não seremos capazes de nos defender.

A confiança das massas nos partidos políticos, está, demonstradamente, em decadência e a apatia dos eleitores na Diáspora, na África do Sul, é facilmente vislumbrável, determinada pela pletora de promessas ilusórias de décadas que nunca se materializaram, recente corte abrupto de pensões, morosidade na execução dos agendamentos consulares, reembolsos de despesas funerárias, atribuição do subsídios do Azic e Azec, falta de ligação aérea direta, dificuldades eternas no reconhecimento de habilitações académicas e diplomas, frouxidão no reconhecimento e atribuição da nacionalidade a descendentes de pais portugueses e a lerdeza encontrada na concessão de vistos de entrada para turismo ou negócios, o preço altíssimo de emolumentos são alguns fatores que com certeza provocarão a regressão de eleitores às urnas ou de expedirem via postal o seu boletim de voto e deixando no ar a pergunta: Votar para quê?

Para a Diáspora na África do Sul por mais incrível que pareça sente-se votada ao abandono, com um défice quase perpétuo de informação a comunidade não recebeu a visita de qualquer candidato pelo Círculo da Emigração Fora da Europa o que parece ser um bafejo de colonialismo vindo de todas as direções.

QOSHE - Apatia, votar para quê? - José Luís Da Silva
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Apatia, votar para quê?

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08.03.2024

Não é assim que se vota, isto é, só alguns poderão exercer o seu direito de voto e outros não, uma vez que os boletins de voto não chegam atempadamente aos eleitores como também não chegam à assembleia geral de apuramento dentro do prazo estabelecido por lei.

O voto eletrónico tão apregoado pelos sátrapas do poder é apenas uma quimera, nada está sendo tratado e, pior, caiu em deslembrança.

Persiste uma ideia inexata de que o Governo e em particular o partido governamental são proprietários do país e que sozinhos podem, querem e determinam as decisões nacionais, narrativas e trajetórias de uma forma encapotada de despotismo, o que é condenável e antidemocrático.

É essa a governação que não queremos, um (des) governo, como o atual, como por exemplo, entre outras coisas mudar pela calada o logotipo da República Portuguesa, assim como a atribuição de uma verba para reabilitação de um museu numa........

© JM Madeira


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