O sucesso de António Costa nas urnas (não perdeu uma eleição desde que se fez primeiro-ministro) e a sua resiliência política (mesmo quando já demissionário) são indissociáveis dos seus mandatos enquanto primeiro-ministro. Costa como ativo eleitoral do PS (nem Pedro Nuno Santos abdica dele) e como resistente às mais variadas intempéries (não há espaço para enumerá-las) trata-se, se não de um caso de estudo, de um digno de nota.

O seu pragmatismo foi da ‘geringonça’ à relação dos seus governos com os empresários — vexados num dia, saudados no outro —, passando pelo seu próprio posicionamento: de crítico da Europa a candidato ao Conselho em anos, de apoiante do Syriza a alinhado com Macron em menos. Ferro, seu líder parlamentar em 2014, desfazia “os falcões de Bruxelas” do púlpito da Assembleia. Centeno, seu ministro das Finanças em 2019, concorreria ao FMI depois de encabeçar o Eurogrupo — ambos ninhos dos ditos falcões.

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QOSHE - Demasiado por fazer - Sebastião Bugalho
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Demasiado por fazer

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16.12.2023

O sucesso de António Costa nas urnas (não perdeu uma eleição desde que se fez primeiro-ministro) e a sua resiliência política (mesmo quando já demissionário) são indissociáveis dos seus mandatos enquanto primeiro-ministro. Costa como ativo eleitoral do PS (nem Pedro Nuno Santos abdica dele) e como........

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