Avó - vive na Avenida de Roma, com uma renda de 400 eurose nunca esteve em causa ser despejada . Mortágua trouxe a avó para a campanha, como símbolo de idosos assustados. Teve de fazer contorcionismo para se justificar. Não devia ter utilizado a família.

Birra – nos debates, dos queixinhas sempre a reclamar do tempo ou de serem interrompidos. Um debate é um confronto, não são duas entrevistas paralelas.

Clarificação – é importante clarificar a política futura de alianças. Quem não o faz deixa uma nuvem sobre o pós 10 de março.

Desobrigar – numa semana, o líder do PS disse algo e o seu contrário, depois explicou, depois teve de esclarecer. Está ligado à clarificação e à governabilidade. Afinal, o PS está ou não desobrigado de suportar um governo minoritário?

Escrutínio – os jornalistas a fazerem bem o seu trabalho. A verificação de factos logo depois dos debates, nas suas mais variadas formas, obriga os candidatos a serem rigorosos e precisos. As redes não fazem isso.

Filho – de Rui Tavares, trazido para a campanha pelo pai. Esteve mal o líder do Livre, porque quis atirar a pedra, mas depois escondeu a mão.

Governabilidade – a 11 de março vai ser o tempo de Marcelo, mas era bom que quem decidir votar tivesse em conta que haver governabilidade é um bom princípio para ofuturo.

Habitação – foi um dos temas principais nos debates. E bem. A crise que rebentou e que afasta pessoas normais da chamada classe média das principais cidades com preços de casas exorbitantes merece e precisa de decisões firmes.

Impreparação, Imaturidade– os adjetivos que Montenegro escolheu para definir Pedro Nuno; mais tarde, Pedro Nuno devolveu-lhe a “impreparação”.

Justiça – entrou tarde e a medo nos debates, mas é uma boa notícia que, no último debate, o das rádios, PS e PSD tenham dito que se podem pôr de acordo para uma reforma da justiça.

Liberdade – de voto, de pensamento, de expressão. Os debates, mais ou menos caóticos, são a prova de que a liberdade está adquirida e conquistada. Bom viver num país livre.

Maioria – absoluta não haverá, portanto todos pedem a maioria possível dos votos. A maioria de direita ou esquerda vai ditar o futuro governo.

Nós (e eles) – algum sectarismo sobretudo nos debates e nos discursos de campanha, numa divisão básica entre o nós (os bons) e eles (os maus), “a esquerda cavalga mais nesta dicotomia primária”.

Oportunismo – mesmo com a verificação dos factos, há muita demagogia e oportunismo na campanha. Os portugueses merecem e precisam de ser esclarecidos e não enganados ou confundidos.

Povo – É quem mais ordena, escolhe e decide. Dizem que os portugueses são sábios na hora do voto. Era bom que os partidos não fizessem do povo apenas um verbo de encher.

Quem diz é quem é – entre Pedro Nuno Santos e LuísMontenegro houve diversos momentos do em diz é quem é, como no recreio da escola. Não é a melhor forma de debater e de esclarecer.

Reciprocidade – o PS exige-a ao PSD, do género olho por olho dente por dente, “se te dou também tens de me dar”.

Suspeita – a cada dia, o PS e a esquerda dizem suspeitar, desconfiar ou até ter a certeza de que a AD se vai coligar com o Chega. Depois do “não é não”, não devia valer tudo para inflamar discursos em campanha.

Tabuzinho – Montenegro a irritar todos com o seu tabuzinho, a não dizer se viabiliza um governo de minoria do PS. Devia esclarecer.

Útil – o voto, pois claro, todos o querem útil, e todos reclamam serem guardiões dessa utilidade. PS e AD estão a tentar, como sempre, bipolarizar.

Voto – É o que todos procuram e pedem. O voto, um voto. Mas não basta pedir, é preciso saber conquistar e merecer esse voto. E, no final, saber o fazer com ele.

Xadrez – é legítimo traçar cenários e antever o que pode aí vir. Neste caso, não se trata de um jogo, mas de antecipar como ficará o parlamento a 10 de março.

Ziguezague – a evitar, depois da avó de Mortágua e do filho de Rui Tavares. Mais vale deixar a família e os amigos fora disto. Há 10 milhões de portugueses que podem servir de exemplo para muita coisa sem recorrer a alguém lá de casa.

QOSHE - Pré-campanha de A a Z - Pedro Cruz
menu_open
Columnists Actual . Favourites . Archive
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close
Aa Aa Aa
- A +

Pré-campanha de A a Z

8 0
28.02.2024

Avó - vive na Avenida de Roma, com uma renda de 400 eurose nunca esteve em causa ser despejada . Mortágua trouxe a avó para a campanha, como símbolo de idosos assustados. Teve de fazer contorcionismo para se justificar. Não devia ter utilizado a família.

Birra – nos debates, dos queixinhas sempre a reclamar do tempo ou de serem interrompidos. Um debate é um confronto, não são duas entrevistas paralelas.

Clarificação – é importante clarificar a política futura de alianças. Quem não o faz deixa uma nuvem sobre o pós 10 de março.

Desobrigar – numa semana, o líder do PS disse algo e o seu contrário, depois explicou, depois teve de esclarecer. Está ligado à clarificação e à governabilidade. Afinal, o PS está ou não desobrigado de suportar um governo minoritário?

Escrutínio – os jornalistas a fazerem bem o seu trabalho. A verificação de factos logo depois dos debates, nas suas mais variadas formas, obriga os candidatos a serem rigorosos e precisos. As redes não fazem isso.

Filho – de Rui Tavares,........

© Diário de Notícias


Get it on Google Play