O Governo, que toma posse dia 2, não vai ter estado de graça, nem os famosos 100 dias de paz. O tempo hoje corre de outra forma, 100 dias é muito tempo e, antes disso, a coligação que ganhou por 50 mil votos tem outras eleições para enfrentar.
Montenegro, que esta semana apresenta o Governo, não tem tempo. A urgência está por todo o lado. Polícias, bombeiros, oficiais de justiça, médicos e outros profissionais de saúde, guardas prisionais, professores, nenhuma destas classes profissionais vais esperar. Vão exigir, para já.
Este terá de ser, para poder ter algum sucesso, um Governo de combate. Tem de calçar as botas da tropa, vestir o camuflado e ir à luta, sem medo, nem hesitações. Tem de ser um Governo político, com ministros que tenham peso, que saibam o que querem fazer e como lá chegar.
Paulo Portas foi feliz na imagem que levou à Convenção da AD. O PSD está apertado por uma tenaz, que tem de um lado o PS e do outro, o Chega, a choramingar por atenção e diálogo com o PSD. Há, no entanto, uma clarificação com este tripartidarismo. O PSD fica ao centro, com o PS à esquerda e o Chega à direita. Reforça a sua matriz de partido catch all.
E foram os eleitores a decidir que assim seria.
Sem tempo para o estado de graça, sem espaço ideológico para se mover, o desafio é suster as implacáveis pás da tenaz e evitar ser sufocado.
Daqui a 100 dias, veremos se Luís Montenegro foi capaz disto tudo, na imensa solidão em que está o PSD.
100 dias de solidão
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26.03.2024
O Governo, que toma posse dia 2, não vai ter estado de graça, nem os famosos 100 dias de paz. O tempo hoje corre de outra forma, 100 dias é muito tempo e, antes disso, a coligação que ganhou por 50 mil votos tem outras eleições para enfrentar.
Montenegro, que esta semana apresenta o Governo, não tem tempo. A urgência está por todo o lado. Polícias, bombeiros,........
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